No meu trabalho de Consultora de Carreira & Desenvolvimento, observo que, muitas vezes, a diferença da carreira do homem para a carreira da mulher está relacionada ao posicionamento deles vs. delas ao longo de toda a trajetória profissional. A forma como se colocam (e se colocaram) em todas as oportunidades que já surgiram ao longo do percurso, diz muito sobre o que se conquista (e se conquistou). Convenhamos, muitas vezes somos nosso pior inimigo. Quando se trata de nos candidatarmos a atribuições de alta visibilidade, tendemos a nos sabotar.

Formas através das quais sabotamos nossa carreira e como podemos contornar isso: 

Nossa autossabotagem pode ser simples: saímos logo da competição.

Pesquisas mostram que, mesmo que uma mulher acredite ter a maioria dos requisitos para uma função, ela enfoca no que não tem e, assim, não se candidata. Ela evita competir, por não ter todas as atribuições solicitadas.

As mesmas pesquisas trazem dados de que mulheres esperam ter 100% dos requisitos da vaga antes de se candidatarem e, quando cumprem com menos de 100%, não se candidatam, enquanto os homens, quando preenchem 50% dos requisitos, já ficam felizes e se aplicam. Percebam a diferença de atitude e que, naturalmente, abre mais portas para aqueles que se arriscam mais.

Nem sempre refletimos sobre como fazer dar certo. Se nos convidam a assumir outras responsabilidades e não vemos como teríamos tempo de organizá-las em nossa rotina, dizemos “não”, sem explorar as opções.

Não queremos parecer insistentes. Fomos ensinadas a não ser agressivas e “mandonas” demais, o que nos faz fugir das oportunidades sem analisar outras abordagens.

E por último, não queremos nos gabar. Achamos que nosso desempenho falará por si, e ficamos surpresas quando não somos selecionadas para as oportunidades, mesmo que nunca tenhamos explicitado nosso interesse nelas.

Na maioria das organizações, você precisa ser sua melhor defensora se quiser boas oportunidades. Eu, viciada em séries que sou, lembro de um episódio de Grey`s Anatomy no qual uma das médicas (Miranda Bailey) dizia:

Nunca se envergonhe de defender a si mesmo”.

Peguei essa frase e levei para a vida, desde então.

 Defender a si mesma requer alguns passos:

  1. O primeiro é ter claro o que você quer e por que quer uma certa oportunidade. Objetivos genéricos, como “quero progredir” ou “quero estar mais envolvida”, não são claros.

Se planeja candidatar-se a uma atribuição, responda a duas perguntas: por que você e por que agora?

 Por que você é uma boa candidata para essa função?

 E por que você é a escolha certa para esse projeto agora?

  1. O segundo passo é almejar uma posição que faça sentido. Seu pedido deve ser legítimo.

Você deve saber o que você traz para a nova atribuição, que experiências, competências e habilidades a tornam a escolha certa.

Esse é o seu valor. Ser clara e explícita sobre o seu valor é muito importante para se candidatar a novas vagas ou promoções.

  1. Por fim, ouvir pessoas com outras perspectivas também ajuda. Elas podem lhe dar conselhos objetivos e estímulo, se você sentir que não tem o que é preciso. Fale com um(a) colega de outra área, que tenha uma boa visão sobre seu trabalho e possa te ajudar. Inclua também amigos pessoais, que podem te dar uma perspectiva interessante da sua personalidade e que pode agregar para essa posição, por exemplo. Explore.

Para obter as oportunidades que deseja, é preciso lutar por elas. Primeiro, descubra o que você quer e por que é a pessoa certa para o cargo. Segundo, obtenha informações sobre o que é necessário para obter o cargo ou oportunidade. Por fim, use sua rede de aliados para ajudá-la a ganhar confiança em suas competências e valor.

Saiba mais sobre como posso ajudar você!

Aline Gobbi

Ajudo Executivos a construírem sua marca no mercado de trabalho | +15 anos como líder de RH de grandes empresas nacionais e multinacionais, Executive Search, Psicóloga | +34k seguidores | 126 artigos publicados.

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Mulheres: Como podemos trilhar nossa própria trajetória

No meu trabalho de Consultora de Carreira & Desenvolvimento, observo que, muitas vezes, a diferença da carreira do homem para a carreira da mulher está relacionada ao posicionamento deles vs. delas ao longo de toda a trajetória profissional. A forma como se colocam (e se colocaram) em todas as oportunidades que já surgiram ao longo do percurso, diz muito sobre o que se conquista (e se conquistou). Convenhamos, muitas vezes somos nosso pior inimigo. Quando se trata de nos candidatarmos a atribuições de alta visibilidade, tendemos a nos sabotar.

Nossa autossabotagem pode ser simples: saímos logo da competição.

Pesquisas mostram que, mesmo que uma mulher acredite ter a maioria dos requisitos para uma função, ela enfoca no que não tem e, assim, não se candidata. Ela evita competir, por não ter todas as atribuições solicitadas.

As mesmas pesquisas trazem dados de que mulheres esperam ter 100% dos requisitos da vaga antes de se candidatarem e, quando cumprem com menos de 100%, não se candidatam, enquanto os homens, quando preenchem 50% dos requisitos, já ficam felizes e se aplicam. Percebam a diferença de atitude e que, naturalmente, abre mais portas para aqueles que se arriscam mais.

Nem sempre refletimos sobre como fazer dar certo. Se nos convidam a assumir outras responsabilidades e não vemos como teríamos tempo de organizá-las em nossa rotina, dizemos “não”, sem explorar as opções.

Não queremos parecer insistentes. Fomos ensinadas a não ser agressivas e “mandonas” demais, o que nos faz fugir das oportunidades sem analisar outras abordagens.

E por último, não queremos nos gabar. Achamos que nosso desempenho falará por si, e ficamos surpresas quando não somos selecionadas para as oportunidades, mesmo que nunca tenhamos explicitado nosso interesse nelas.

Na maioria das organizações, você precisa ser sua melhor defensora se quiser boas oportunidades. Eu, viciada em séries que sou, lembro de um episódio de Grey`s Anatomy no qual uma das médicas (Miranda Bailey) dizia:

Nunca se envergonhe de defender a si mesmo”.

Peguei essa frase e levei para a vida, desde então.

Defender a si mesma requer alguns passos:

  1. O primeiro é ter claro o que você quer e por que quer uma certa oportunidade. Objetivos genéricos, como “quero progredir” ou “quero estar mais envolvida”, não são claros.

Se planeja candidatar-se a uma atribuição, responda a duas perguntas: por que você e por que agora?

 Por que você é uma boa candidata para essa função?

 E por que você é a escolha certa para esse projeto agora?

  1. O segundo passo é almejar uma posição que faça sentido. Seu pedido deve ser legítimo.

Você deve saber o que você traz para a nova atribuição, que experiências, competências e habilidades a tornam a escolha certa.

Esse é o seu valor. Ser clara e explícita sobre o seu valor é muito importante para se candidatar a novas vagas ou promoções.

  1. Por fim, ouvir pessoas com outras perspectivas também ajuda. Elas podem lhe dar conselhos objetivos e estímulo, se você sentir que não tem o que é preciso. Fale com um(a) colega de outra área, que tenha uma boa visão sobre seu trabalho e possa te ajudar. Inclua também amigos pessoais, que podem te dar uma perspectiva interessante da sua personalidade e que pode agregar para essa posição, por exemplo. Explore.

Para obter as oportunidades que deseja, é preciso lutar por elas. Primeiro, descubra o que você quer e por que é a pessoa certa para o cargo. Segundo, obtenha informações sobre o que é necessário para obter o cargo ou oportunidade. Por fim, use sua rede de aliados para ajudá-la a ganhar confiança em suas competências e valor.

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