O objetivo de todo mundo que está em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho é chegar à fase das entrevistas, não à toa, ela é também a fase mais temida de todo o processo seletivo.
A sensação de estar na frente de uma pessoa até então desconhecida, com certa posição de autoridade (afinal, seu destino profissional pode estar nas mãos dela), e ter que se expor, acaba fazendo com que muitas pessoas percam noites de sono e tenham acessos de ansiedade.
Com meus assessorados, durante o processo de Consultoria de Carreira, o que costumo fazer é “desmistificar” um pouco essa fase tão temida.
Vamos pensar juntos: a entrevista é um processo já muito previsível, não é? Já sabemos mais ou menos quais as perguntas que serão feitas para nós, e isso porque elas não costumam mudar muito, é sempre a mesma coisa, independente da empresa para a qual você está concorrendo a uma vaga (a não ser que surja um recrutador muito inovador por aí, mas, ao longo de quase 15 anos de carreira, nunca vi ninguém tão inovador assim). Além disso, as perguntas serão sempre sobre você e sua experiência profissional, algo que você sabe de cor e salteado, afinal, é da sua vida que serão feitas as perguntas e ninguém é mais preparado para responder sobre isso, que você mesmo.
Então, se você já sabe sobre o quê serão as perguntas e tem uma ideia de quais serão as perguntas, porque, via de regra, os recrutadores costumam transitar em terreno comum, não existe motivo para tanto medo e ansiedade.
A fase de entrevistas é o momento mais esperado do processo seletivo e um escorregão nessa fase pode te custar o emprego dos seus sonhos, eu entendo o motivo da ansiedade, mas uma boa dose de calmaria nesse momento certamente vai fazer o seu desempenho ser muito melhor.
Treinar é algo que vai te trazer essa paz, quando chegar na fase de entrevistas. Assim como o treino faz os seus músculos crescerem na musculação, ou faz o seu cérebro decorar a tabela periódica, nas aulas de química, o treino também te dá segurança para você passar pela etapa de entrevistas sem se preocupar tanto.
Entretanto, muita gente começa a treinar para a fase de entrevistas quando é chamado para a entrevista, e aí o erro é fatal. O treino deve ser constante, quase que diário, e não somente quando você for chamado para essa etapa, mas antes, muito antes, como uma forma de você se preparar adequadamente para, quando esse momento chegar, estar o mais tranquilo possível.
E como treinar?
- Busque na internet algumas perguntas que são feitas na entrevista, bem como perguntas técnicas que fazem sentido para sua área de atuação.
- Pegue o seu celular e filme você respondendo essas perguntas.
- Assista ao vídeo (você vai encontrar diversos defeitos, afinal, podemos ser muito críticos com nós mesmos.)
- Responda novamente a essas perguntas, da forma que achar mais adequada, grave novamente e assista novamente.
- Faça esse mesmo ciclo quantas vezes forem necessárias, até que você sinta plena e total segurança de que está respondendo da forma que considera mais adequada.
Quando finalizar o ciclo e acreditar que tudo está bom o bastante, faça novamente, com novas perguntas, aumentando a complexidade. Nessa hora vale recorrer a amigos e familiares que estejam passando por processos seletivos e perguntar-lhes quais as perguntas mais difíceis que já fizeram para eles durante uma entrevista.
Durante esse processo, atente-se não somente ao conteúdo da sua resposta, mas também à sua postura, vestimenta, trejeitos, gesticulações… é a hora de você realmente “corrigir” tudo o que te incomoda, para, quando sair da entrevista de verdade, sair com a sensação de que fez a sua parte.
E se, mesmo fazendo tudo isso, eu não for aprovado?
Infelizmente, isso pode acontecer, mas esteja seguro que, caso aconteça, não foi devido ao seu baixo desempenho (afinal, você treinou, treinou, corrigiu e treinou de novo, certo?). O processo seletivo é um processo que tem como base a comparação entre candidatos, ou seja, você pode ter se saído super bem, mas alguém pode ter se saído um pouco melhor em alguma parte e, com isso, a empresa acabou optando por esta outra pessoa.
Isso quer dizer que você foi mal? De maneira nenhuma! Isso apenas quer dizer que outra pessoa estava mais preparada para a vaga que você, e isso, muitas vezes nem quer dizer que essa pessoa tenha se saído melhor, ela pode ter uma pretensão salarial mais baixa, por exemplo, ou ter maior aderência à vaga por um motivo X. Não dá para você saber, mas também não vale colocar a culpa em você porque, em um processo seletivo, nem tudo é sobre você.
Durante esse período todo trabalhando em empresa, muitas vezes enfrentei a situação de não escolher o melhor candidato, mas sim o candidato mais viável, por diversos motivos diferentes: pretensão salarial, fit cultural, alguma expectativa do candidato que eu já sei que não será atendida e muitas outras. Não vale ficar pensando que o problema é você, porque, de verdade, muitas vezes não é.
Mão na massa e muito treino, para garantir que sua performance na entrevista seja boa o bastante para te colocar na concorrência e te dar a segurança de estar fazendo a sua parte de maneira muito bem feita! O resto, deixa com os tomadores de decisão. Sua hora vai chegar!
Saiba mais sobre como posso ajudar você!
Aline Gobbi
Ajudo Executivos a construírem sua marca no mercado de trabalho | +15 anos como líder de RH de grandes empresas nacionais e multinacionais, Executive Search, Psicóloga | +34k seguidores | 151 artigos publicados.
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