Texto "CULTURAL FIT" escrito em caderno preto com lupa e uma caneta. Conceito de negócios e realização.

Há 30 ou 40 anos, a especificidade da tarefa que uma pessoa deveria realizar era o que determinava os critérios para o recrutamento e seleção, os quais se pautavam, no geral, na verificação de conhecimentos técnicos.

Nas duas décadas subsequentes, as mudanças tecnológicas e a competitividade entre as empresas, acirradas por essas mudanças, fizeram emergir problemas mais complexos com os quais os profissionais passaram a lidar, o que trouxe ao recrutamento e seleção a demanda de avaliar competências.

Como é agora? 

Nos últimos anos, começou a chegar no mercado de trabalho uma geração que foi educada com a lógica de que o conhecimento técnico está disponível em um dispositivo que cabe no bolso, tendo sido exposta a uma variedade muito maior de situações-problema complexas no ambiente intensamente digital no qual cresceu.

Avaliar conhecimento e competências continua válido para o recrutamento e seleção, mas para esta geração passa a ser importante considerar a compatibilidade do indivíduo com o tipo de organização, para além do segmento de mercado em que ele atua e do pacote de remuneração, ou seja, para com atributos relacionados à experiência de trabalhar na empresa.

A constatação de que contratar pessoas que compartilhem de crenças, valores e comportamentos aderentes aos da empresa diminui as taxas de desligamento não é nova, no entanto, a velocidade e a impaciência característicos da chamada geração Z colocam holofotes sobre essa compatibilidade, ou fit cultural, como critério no recrutamento e seleção.

Os atributos que revelam a cultura de uma organização são variados, como por exemplo: missão, valores e princípios, linguagem e comunicação, história da empresa e histórias ocorridas na empresa, rituais e símbolos organizacionais, processos decisórios, estrutura hierárquica, nível de confiança estabelecido entre as pessoas, rotinas de trabalho etc.

Agora, muito mais do que avaliar o fit técnico e comportamental, as áreas de RH precisam identificar se o candidato vai ser feliz naquela empresa, sabendo, muitas vezes, que o melhor candidato pode não ser a melhor escolha para aquela empresa específica.

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