Tenho uma assessorada que essa semana me questionou sobre a grande quantidade de testes nos processos seletivos.
E não tiro a razão dela, quando você está participando de três ou mais processos seletivos ao mesmo tempo, isso realmente pode ser muito cansativo.
Mas o que expliquei para ela é que, especialmente nas vagas iniciais (nível para o qual ela está concorrendo), são muitos candidatos e os recrutadores não têm nenhuma condição de ver todos os currículos que se aplicam para as vagas.
Você sabia que, uma pesquisa recente divulgada pelo LinkedIn, apontou que a média de candidatos para cada vaga divulgada na plataforma é de 120? Se você fosse um recrutador, você teria tempo, disposição e interesse em ler o currículo de 120 pessoas diferentes, para encontrar 1 que se adeque à sua necessidade? Não, né?
Principalmente se considerarmos que, geralmente, um recrutador não está trabalhando apenas uma vaga isolada, mas em torno de cinco vagas ao mesmo tempo, ou seja, 600 CVs, em média, ele recebe. Não é humanamente possível analisar todos, esquece!
Além disso, não deveria ser assim, mas tem muita gente (muita mesmo!) que se candidata sem nem ao menos ler os requisitos da vaga, simplesmente saem enviando seu currículo indiscriminadamente, como se isso fizesse com que os recrutadores dessem atenção. Se o recrutador não colocar filtros, vai acabar perdendo tempo com essas pessoas e com tantas outras que não estão aderentes ao perfil que ele busca.
Então, precisam colocar alguns pré-requisitos, que de fato são importantes para a vaga, mas que fazem com que os famosos “robôs” (ferramentas de ATS utilizadas pelos sites de busca de currículo como Gupy, LinkedIn e outros) consigam fazer um filtro inicial e enviem para eles somente os currículos dos candidatos que realmente estão aderentes.
Ainda, uma outra estratégia também é lançar mão de alguns testes, muitas vezes oferecidos pela própria ferramenta, para fazer mais um filtro e, assim, ir peneirando quem realmente está mais próximo do perfil ideal de candidato que o recrutador está buscando.
Se a vaga precisa de proficiência em um idioma além do nativo do país, colocam um teste de idioma. Ou até mesmo do idioma nativo, para casos em que a redação precisa ser impecável (particularmente, acho válido para todos os cargos!).
É necessário conhecimento em Excel? Existe um teste para isso. Raciocínio lógico é fundamental? Mais um teste… e, assim vai, os candidatos ficam cheios de testes para fazer, e os recrutadores ficam mais seguros de que, quem passou pela peneira dos robôs, está mais preparado para a vaga em questão.
É chato e cansativo? Muitas vezes, sim. Mas, se dedique e capriche nesses testes, não faça com preguiça. Seu desempenho nesses testes pode pautar o seu futuro, então, mão na massa, com orgulho de já estar nessa fase, afinal, você já deixou um monte de gente para trás. Encare esses testes como aliados que poderão te levar a um outro patamar, à fase das entrevistas, que é aonde você quer chegar. Confia, vai dar certo!
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Aline Gobbi
Ajudo Executivos a construírem sua marca no mercado de trabalho | +15 anos como líder de RH de grandes empresas nacionais e multinacionais, Executive Search, Psicóloga | +34k seguidores | 148 artigos publicados.
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