Minha Jornada: da escola até uma agência nos EUA.  

O Futebol

Com 8 anos de idade eu já era federado no futebol de salão, jogando pelo time da Enternit de Osasco, lá disputei dois campeonatos paulista e dois metropolitanos. Minha carreira de jogador finalizou aos 17 anos, disputando a Taça São Paulo de futebol pelo Osasco Futebol Clube, após aquele campeonato, entrei na faculdade de direito e encerrei a busca pela profissionalização no futebol.

Paixão pela Dança e Promoção de Eventos

Desde cedo, também gostava muito de dançar e comecei a frequentar a matinê da lúmen, em Osasco, logo me tornei promotor e como voluntário, comecei a contar os convites às segundas-feiras. Passei a ser o melhor promotor do local e, além de entrar de graça, ficava com a lista de promotores na porta da balada. Assim, conheci muita gente e me tornei conhecido nos frequentadores da casa.

Experiência como Office-Boy e criação do motoboy

No mesmo período, com 13 anos, comecei a ser office-boy na imobiliária dos meus pais. Não recebia por esse serviço, mas o que os anteriores faziam em 8 horas, com ônibus e a pé, eu fazia em 2 horas de bicicleta. Depois, veio uma mobilete e, na sequência, uma scooter. Fui office-boy da minha mãe por cerca de 8 anos e um dos primeiros motoboys da cidade de Osasco.

Início da carreira profissional e financeira

Voltando ao começo da adolescência, conheci dois meninos da minha idade que eram DJs. Falei logo de cara: “Quero trabalhar com vocês!” Eles perguntaram se eu tinha um Discman para emprestar para uma festa, e me pagariam R$ 10,00. Guardei os R$ 10,00 das minhas primeiras quatro festas e, com R$ 40,00, comprei um strobo (equipamento de iluminação). Passei a ganhar uma porcentagem maior das festas.

Com mais dinheiro, comprei uma potência para ligar as caixas de som, depois um mixer e passei a receber um terço do valor das festas.

Quando comprei dois tocadores de CDs da Gemini, tinha um equipamento melhor que o deles, mas me faltavam as caixas de som e mais iluminação. Rompi a sociedade e fundei minha própria empresa de som e iluminação aos 15 anos. Mantivemos a parceria de empréstimo de equipamentos até que, aos 17, transferi todo o equipamento ao meu irmão, que já me acompanhava como ajudante desde os 11 anos. Ele continua na profissão de DJ e músico até hoje.

Faculdade de Direito e a aventura como músico de Forró

Terminei o colégio e, com 17 anos, ingressei na faculdade de Direito, abandonando a carreira de jogador de futebol. Pelo fato de não ter me profissionalizado, já sabia que não era um fenômeno no futebol. Hoje, me arrependo de ter deixado a carreira tão cedo, poderia ter ido um pouco mais além. Até hoje jogo (aos 42) e tenho média acima de um gol por partida na várzea.

A ideia de entrar na faculdade de Direito era um primeiro passo para ser diplomata, tinha vontade de representar o Brasil no exterior. Na época da faculdade, frequentava o movimento do forró universitário, forró pé de serra. Montamos uma banda que tocava no bar da frente da faculdade, onde aprendi a beber cerveja, até então uma bebida desconhecida para um ex-atleta. Comecei a faltar às aulas de direito e ficava tocando forró na frente da faculdade durante a noite inteira. No fim, larguei a faculdade de Direito para viver de música.

A banda se profissionalizou, virou o Xote de Colo e passamos a trabalhar como músicos profissionais. Gravamos CD e fazíamos uma média de 10 shows por mês. Tínhamos uma casa fixa em Osasco, o Hortência, onde ganhávamos um salário mínimo cada um, trabalhando 2 horas por semana, toda sexta-feira. Aos 18 anos, ganhava de 2 a 3 salários mínimos trabalhando como músico. Eu também era o empresário da banda, além do zabumbeiro.

Migração para Eventos

Os shows de forró começaram a diminuir a demanda e todos passaram a procurar outros trabalhos. Com 20 anos, comecei a trabalhar como promotor de eventos, e meu primeiro trabalho foi para o lançamento do Citroën C3. Morei 40 dias em Campos do Jordão, trabalhando para a Citroën. Na volta, decidi encerrar a banda e viver de eventos. Comecei a me apresentar e me vender para os departamentos de marketing para realizar ações promocionais na rua.

Nessa época, trabalhei para dezenas de marcas em trabalhos temporários que variavam de 1 a 30 dias. Os melhores trabalhos eram as feiras, em que trabalhávamos por vários dias consecutivos. Junto com a promoção, comecei uma leve carreira de modelo e passei a fazer testes para comerciais de TV. Descobri que precisava de um DRT (registro de ator) para ganhar mais. Então, fui estudar Artes Cênicas no SENAC, um curso tecnólogo de 2 anos, e me formei como ator, obtendo um DRT.

O Mundo mágico de Walt Disney World

Uma grande mundaça da vida foi descobrir que existia uma oportunidade de trabalhar nos parques da Disney, nos EUA. Para isso, eu precisava:

1. Ser maior de 18 anos (já tinha 21).
2. Ter inglês fluente (estudei inglês dos 11 aos 17 anos e já fazia eventos bilíngues).
3. Estar cursando uma faculdade de no mínimo 4 anos,

Eu já tinha os dois primeiros, então precisava estar numa universidade novamente. Meu pai me aconselhou a ir na faculdade mais próxima, escolher um curso, estudar e ir para a Disney se essa fosse minha vontade. 

Ao chegar na recepção para prestar o vestibular, não sabia qual curso escolher. Minha primeira opção foi Letras, mas eram só 3 anos. Minha segunda opção foi Marketing, porém eram 2 anos e não entrava nas regras. A moça da recepção me sugeriu Propaganda e Marketing. Pensei: “Não sei muito bem o que é Marketing, mas, quando trabalho como ator ou promotor, é o marketing que me contrata. Nem imagino o que seja Publicidade.” Hoje é engraçado, porque sou dono de uma agência de publicidade. Decidi: “Vou fazer este curso!”

Prestei vestibular, passei, me matriculei e comecei a estudar Propaganda e Marketing. Fiz a aplicação para a Disney, passei nas entrevistas e fui trabalhar em Walt Disney World Resort em novembro e dezembro de 2005. Não era tão fã da Disney, mas era fã dos Estados Unidos. Queria entender como os americanos já estavam pisando na Lua enquanto o Brasil estava inaugurando TV colorida. Aprendi muito lá. O americano trabalha muito bem, é focado e tem muitos manuais com ensinamentos técnicos.

Após três meses em “Piratas do Caribe” no Magic Kingdom, voltei ao Brasil, retornei à faculdade no terceiro semestre e a Disney me chamou novamente, desta vez para um projeto de 6 meses. Inicialmente, fiquei 30 dias em um restaurante, mas não gostei e pedi para me trocarem. Preferia atrações, pois as pessoas esperam 3 horas na fila, mas no restaurante não aguardam 3 minutos e chegam cansadas, irritadas e com fome. Acabei indo trabalhar no Test Track.

Após seis meses, voltei ao Brasil já pensando numa terceira ida aos EUA. A Disney Brasil me ligou para um projeto de 60 dias, um show no Super Casas Bahia. Trabalhei neste projeto por quatro anos, todo fim de ano.

Fundação da amz marketing promocional

Durante esse período, procurando um novo desafio, surgiu a oportunidade de produzir um evento para a JUXX na Bahia, meu primeiro cliente, com quem estou até hoje. Quando eu era promotor de eventos, com o tempo virei supervisor, depois coordenador e, finalmente, produtor de eventos. Fiquei 90 dias em uma pequena agência de publicidade de um professor, dividindo nosso cliente. Esses 90 dias foram suficientes para entender que eu poderia ter minha própria agência. No dia do meu aniversário, 17 de abril de 2008, saí da agência dele e fundei a amz|mp.

Inicialmente focada em eventos, a agência evoluiu conforme as necessidades do mercado, abrangendo design e programação. Hoje, somos cerca de 50 funcionários e temos 16 anos de empresa.

Formação e Aprendizado Contínuo

Durante esses anos, continuei buscando conhecimento. Fiz curso de fotografia, faculdade de Educação Física, curso para ser técnico de futebol, MBA na GV, pós-graduação em Administração pela UNIP, curso de jardinagem e curso de espiritualidade. Não completei todos, mas cada um contribuiu com algo importante.

Essa foi um pouco da minha história, desde ser voluntário na matinê até me tornar dono de várias agências, inclusive uma nos EUA.

Empresas:

• AMZ Marketing Promocional
• AMZ Sistemas e Desenvolvimento de Softwares
• AM2 Agência de Publicidade
• AMZ LLC – nossa filial nos EUA